sexta-feira, 20 de março de 2009

Deputado Ivan Valente responde ao PSDB


Repúdio aos ataques do PSDB ao PSOL

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, como Líder do PSOL, quero responder, desta tribuna, ao Líder José Aníbal, que novamente ocupou a tribuna desta Casa para atacar, de forma grosseira e irresponsável e, na minha opinião, desmoralizadora para sua bancada, nossa Deputada Luciana Genro. Não foi a primeira vez, mas já a segunda.Na primeira vez, ocupei esta tribuna para dizer que o Líder José Aníbal deu um tiro no pé ao propor ao Conselho de Ética — primeiro à Corregedoria — ,encaminhar processo de quebra de decoro parlamentar a nossa Deputada, porque ela, em entrevistas, deu declarações, acertadas, e denúncias como Parlamentar, que tem a obrigação de denunciar atos de corrupção, de improbidade administrativa, que tem provas materiais. Desta tribuna quero repetir: os vídeos e as fitas existem, foram entregues e estão de posse do Ministério Público do Rio Grande do Sul e virão à tona. A verdade virá à tona.Por isso, Sr. Presidente, quero dizer o seguinte: eu como Líder nesta Casa, quero respeitar os Deputados e os outros Líderes. Defendo o direito previsto na Constituição Federal de que cada Deputado é inviolável nos seus atos, votos e manifestações.E o Líder José Aníbal, ao entrar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contra a Deputada Luciana Genro, está tomando uma atitude anticonstitucional. Mais do que nunca: desafiamos, semana passada, a Governadora Yeda Crusius. Se S.Exa. acha que está sendo caluniada, entre com um processo contra o PSOL e contra quem deu as entrevistas, no caso a Deputada Luciana Genro, também. Mas porque S.Exa. não o faz? Por uma razão simples: porque aí seremos parte do processo também e, certamente, acabará tendo a quebra do sigilo do processo.É isso que pedimos aqui desta tribuna. Não venha o Líder José Aníbal descaracterizar a ação do PSOL, da Deputada Luciana Genro, do nosso partido, e, mais do que isso, querer desqualificar uma denúncia, pela via de servir a interesse de outro partido, ao Ministro da Justiça, Sr. Tarso Genro. Não aceitamos isso, repudiamos e entendemos que a bancada do PSDB, sim, deve fazer uma representação contra o seu Líder, porque S.Exa. está desmoralizando a sua bancada com esse tipo de atitude.Aqui se trava disputa de alto nível. Não é para chamar os outros de irresponsáveis, mentirosos, inconseqüentes e bravateiros. É assim que S.Exa. quer fazer luta política? Não. Luta política se faz com proposta, com projeto e mostrando provas, provando que realmente não existe nada no Rio Grande do Sul a se esclarecer. Mas parece que isso a Governadora Yeda Crusius ainda não disse a que veio.Sr. Presidente, o PSOL repudia veementemente a ação do Líder José Aníbal, que se desequilibrou, se desmoralizou. E tem outros Deputados que, para defender a Yeda Crusius, também se desequilibraram.Mas quero, principalmente, dizer que estamos na luta pela verdade, pela transparência, pela justiça e contra a corrupção.Plenário da Câmara dos Deputados - 17 de março de 2009

Erro em livro Didático




18/3/2009
Governo de SP recolherá livro didático que traz 2 Paraguais

Serão trocados 500 mil exemplares, o equivalente ao total de alunos de 6ª série na rede Secretaria diz que substituição será feita pela fundação responsável pela edição; erro repercutiu em países como Argentina e Uruguai JULIANA COISSI DA FOLHA RIBEIRÃO
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo voltou atrás e decidiu recolher o livro didático de geografia da 6ª série do ensino fundamental que trazia erros grosseiros no mapa da América do Sul: dois Paraguais, inversão da localização de Uruguai e Paraguai e ausência do Equador. O erro repercutiu ontem em países vizinhos, como Argentina e Uruguai. Anteontem, a mesma pasta do governo José Serra (PSDB) informara que os cadernos não seriam substituídos e as escolas tinham sido orientadas a repassar a correção aos alunos. Serão recolhidos 500 mil exemplares, número equivalente a 100% dos estudantes de 6ª série nas escolas do Estado -ao todo, a rede estadual tem 5 milhões de alunos. Em nota, anteontem, a Fundação Vanzolini, responsável pela edição do material, havia afirmado que o problema existia em apenas 1,55% dos cadernos. Os erros se repetem no livro do professor, mas eles não serão trocados. O recolhimento, a reimpressão e a troca serão feitos pela Fundação Vanzolini. Em nota, a secretaria disse que cabe à fundação substituí-los e "arcar com todos os gastos dessa troca, incluindo impressão e distribuição". Informou ainda que examinará outros livros em busca de erros. Questionado durante evento em Itapecerica da Serra (Grande SP), o governador disse acreditar ter havido duas falhas. "Da empresa contratada e da secretaria, que deveria ter revisado. Isso não é um erro que alguém possa ignorar." Diagramação O mapa foi tirado do site de um grupo de estudos do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na página, os países estão indicados corretamente. Um dos autores do caderno, o geógrafo Jaime Tadeu Oliva, 54, afirmou que o erro deve ter ocorrido no momento de diagramar o mapa, não sendo identificado na revisão. "Todo mundo procura conferir, mas você está conferindo várias coisas e não vai imaginar que os países do mapa original que você forneceu, que está perfeito, vão ser trocados de lugar." Segundo o autor, outros mapas com erros que ele considera mais graves, conceituais, da edição anterior, foram corrigidos neste ano. Oliva disse que a equipe é remunerada pela fundação, mas a seleção dos profissionais é feita pela Secretaria da Educação. A Fundação Vanzolini, também em nota, confirmou que o erro no mapa surgiu "involuntariamente no processo de diagramação e aplicação dos nomes de alguns países" e que a base original estava correta. Colaborou JOSÉ ERNESTO CREDENDIO, da Reportagem Local